Fenajufe adere à Campanha Mundial “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”

A Campanha Mundial “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher” se inicia no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, com encerramento no dia 8 de dezembro. A data tem como objetivo chamar atenção para a violência racial que coloca a mulher negra no ranking das mais variadas formas de agressões e violências.

A campanha dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres em todo o mundo.

Em escala mundial, a celebração ocorre em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. Em 10 de dezembro, foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que também tem o objetivo de propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade.

A Fenajufe ressalta a importância do engajamento na mobilização pelo combate ao racismo, pelo fim da violência contra a mulher, por respeito e igualdade de gênero. Para o mês de novembro, o “Coletivo de Pretas e Pretos” da Fenajufe, irá organizar uma live com roda de conversa com abordagem em racismo e foco na violência racial.

Recentes pesquisas revelam que, em 2022, o Brasil bateu recorde em todos os tipos de violência contra os setores oprimidos, em especial as mulheres (ameaças, violência doméstica, violência psicológica, stalking, importunação sexual, assédio). O Anuário de Segurança Pública apontou um aumento de 6,1% nos casos de feminicídio: foram 1.437 mulheres assassinadas, 61% desses casos foram mulheres negras.

Os últimos quatro anos do governo Bolsonaro foram marcados por discursos e políticas misóginas e machistas que propagaram o ódio e a violência contra as mulheres. O primeiro ano do governo Lula marca a sanção das leis do funcionamento 24h das delegacias de mulheres e a indenização para filhos de mulheres que sofreram feminicídio. No entanto, na prática, não há aumento das verbas públicas para efetivar essas medidas. Ao mesmo tempo, nos estados e municípios, a rede de atenção às vítimas é sucateada ou fechada.

Com informações da Fenajufe e CSP-Conlutas

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