14 de março de 2023

Governo propõe 9% aos servidores federais, que não recupera perdas salariais

Na rodada de negociação, o governo federal sinalizou com 9% de reajuste linear a partir de maio, índice que não agradou os servidores federais, que já acumulam 26,94% nos quatros anos do governo Jair Bolsonaro.

A proposta do Planalto é baseada no orçamento disponibilizado pelo governo anterior. “É totalmente insuficiente e não atende as necessidades dos servidores. Vai ser preciso fazer mobilização. É necessário organizar e ter unidade para construir processos unitários para que de fato possa ter uma outra forma de fazer negociação”, explica Paulo Barela, representante da CSP-Conlutas na Mesa de Negociação Permanente.

A CSP-Conlutas e o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) defendem que, ao contrário do que afirma o governo, há recursos para conceder o reajuste exigido pelas categorias.

“Lula não pode assumir o discurso do mercado financeiro e dizer que não há dinheiro. O descontingenciamento, por exemplo, poderia garantir as verbas necessárias, visto a enorme parcela do PIB destinada ao pagamento da dívida pública para banqueiros e rentistas”, afirma o dirigente da CSP-Conlutas.

Auxílio-alimentação
O governo também quer retirar dos R$ 11,2 bi (Lei do Orçamento) a quantia necessária para garantir o reajuste no auxílio-alimentação. Mas tal manobre é ilegal. O benefício deve ser pago com a verba de custeio, diferente dos salários que se enquadram nos recursos com pessoal.

Diante deste cenário, a CSP-Conlutas reafirma e extrema importância das entidades intensificarem o processo de mobilização com a base. É necessário criar o clima de luta e preparar todo conjunto da classe trabalhadora.

Com informações da CSP-Conlutas

14 de março de 2023

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *