16 de junho de 2021

Estudo do IPEA mostra que maioria dos servidores ganha pouco

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) publicou estudo sobre a realidade salarial das servidoras e servidores públicos das três esferas, muito aquém do que é divulgado pelo governo Bolsonaro, que usa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, da “reforma” administrativa, como justificativa para superar “privilégios” no serviço público.

Os levantamentos preliminares mostram que o setor tem muitas desigualdades salariais, como no conjunto do mercado de trabalho nacional. Além disso, concentra as maiores remunerações no Judiciário, os promotores e juízes que detêm  os verdadeiros salários altos, muito distantes da grande maioria da categoria dos servidores do PJU e MPU.

De acordo com a nota técnica, dos 11,5 milhões de vínculos de trabalho no funcionalismo em 2018, um quarto recebia até R$ 1.566, menos de dois salários mínimos daquele ano (R$ 954). Além disso, metade ganhava até R$ 2.727.

Diferenças do federal ao municipal

Considerado apenas o Executivo municipal, um quarto dos servidores recebia até R$ 1.300 e metade (um terço de todo o funcionalismo brasileiro), até R$ 2.060. Em 90% dos vínculos, o salário recebido era de no máximo R$ 5.500. Já no estadual, esses valores eram de R$ 2.200, R$ 3.600 e R$ 9 mil, respectivamente.

As maiores remunerações do Executivo, incluindo civis e militares, estão no nível federal. “O recrutamento de servidores com ensino médio, em que a média salarial é quase 50% inferior à remuneração média mensal dos servidores com ensino superior, se reduziu significativamente nas últimas décadas, especialmente no serviço público federal”, informa o Ipea. “Por outro lado, diversos estudos analisam o diferencial salarial público-privado, que apontam, em geral, grande heterogeneidade”, acrescenta o instituto.

Veja os estudos:

https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/pubpreliminar/210520_publicacao_preliminar_remuneracoes_e_desigualdades_salariais.pdf

https://www.fenajufe.org.br/images/7390-cartilhaatlasestadodivulgacao.pdf

www.ipea.gov.br/atlasestado

Com informações da Rede Brasil Atual, do IPEA e da Fenajufe

16 de junho de 2021

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