12 de novembro de 2020

Sindicatos da 5ª Região apontam ações pela manutenção do auxílio saúde dos servidores

Os sindicatos, que representam os servidores da 5ª Região, reuniram-se na noite da quarta-feira (11), para traçar as ações pela manutenção do auxílio saúde, tendo em vista que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) pretende destinar a verba do auxílio saúde para a autogestão TRFMED, após seis meses da sua implantação.

Na reunião, os representantes das entidades destacaram que o TRFMED não condiz com a realidade financeira dos servidores. Pelo levantamento feito pela Associação dos Servidores da Justiça Federal de Alagoas (Assejuf), quase 100% da categoria do Estado estará fora da autogestão.

Na reunião, o coordenador Jurídico do Sindjus-AL, Paulo Falcão, ressaltou a importância da unidade de atuação das entidades sindicais e associativas que se estabeleceu desde o início do ano para discutir e organizar a luta pela manutenção do direito ao auxilio saúde de toda a categoria e propôs ampliar essa atuação conjunta às áreas jurídicas e de comunicação dos sindicatos para apresentar as alternativas jurídicas, as ações de divulgação e engajamento da categoria, buscando garantir o direito a esse benefício. Ficou definido que a reunião jurídica deverá acontecer na próxima semana.

Paulo Falcão ressaltou que a categoria tem que ser protagonista e participar ativamente das atividades de mobilização promovidas por suas entidades representativas. Em Alagoas, será realizada uma assembleia em conjunto com a Assejuf e o Sindjus-AL na próxima semana.

“Temos que nos organizar para dar uma resposta mais forte. Estamos em um momento político de ataques e retiradas de direitos dos trabalhadores, a exemplo da reforma administrativa, que se for aprovada, poderá ser implantada nos tribunais, inclusive com demissão de servidores”, alertou o sindicalista de Alagoas, acrescentando que “a revolta tem que ser transportada dos muros”.

Ainda na reunião, os dirigentes sindicais destacaram a revolta e a insatisfação da categoria, que compreenderam a retirada do auxílio saúde como forma de sustentar o plano, tido como de luxo, e não acessível aos servidores.

Também ficou deliberada a confecção de um ofício conjunto que expresse toda insatisfação, demonstrando os prejuízos, o caráter excludente e outros pontos críticos da proposta do TRF5 e reafirme os pedidos dos sindicatos. Além da realização de uma live conjunta com as entidades sindicais para esclarecimento de como funciona a autogestão e os prejuízos aos servidores.

Os dirigentes sindicais também marcaram para o dia 23 deste mês, protocolar o abaixo-assinado e requerimento com o objetivo de mostrar a insatisfação da categoria.

O coordenador Geral do Sindjuf-SE, Gilberto Oliveira Melo, defendeu, como forma de pressionar não só requerimento, mas também judicialização de ações. Disse que os servidores estão sendo forçados a sair de seus planos, não terão condições financeiras para continuar e acabarão sendo atendidos pelo SUS.

O presidente da Assejuf –AL, Augusto Amorim, também enfatizou o prejuízo da categoria, que o TRF5 não levou em consideração a realidade dos servidores da seção judiciária. “Pensar que vai reduzir gastos, mas quando se abre os números, até comparar, há grande diferença, e o prejuízo é muito grande”. Ele defendeu que se deve apresentar os dados para sensibilizar os desembargadores. O dirigente também informou que irá tentar conversar com desembargadores de Alagoas e mostrar os números detalhados.

O presidente do Sintrajuf-PE, Manoel Gerson, classificou como absurdo o plano elaborado, que não é para o servidor, e ainda faz a exclusão do auxílio saúde. O dirigente defendeu conversar com os desembargadores e explicar a situação. Também propôs a reanálise jurídica da assessoria da Fenajufe.

O dirigente do Sintrajuf-PE Max Wallace ressaltou a importância da manutenção do pagamento do auxílio saúde, pois a maioria depende do benefício para custear a saúde. Disse que nas reuniões com o Tribunal, não havia essa previsão da criação do plano de luxo. Defendeu como fundamental o trabalho de “corpo a corpo” com os desembargadores.

Para o dirigente do Sintrajufe-CE, Engelberg Belém, cada servidor deve conversar com os juízes das seções judiciárias em que trabalha, explicar a situação e revelar que o Tribunal está prejudicando não só o servidor, mas as famílias, em um cenário de congelamento de salário, aumento da contribuição previdenciária, congelamento de gasto com pessoal.

Adiantou que a categoria poderá fazer greve. Para o dirigente do Ceará, a judicialização é a última ação para as entidades. Ressaltou a importância da campanha em defesa do auxílio saúde e o uso da hashtag #AuxilioSaudeSim.

12 de novembro de 2020

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