19 de outubro de 2020

Teletrabalho, quem vai pagar a conta?

As empresas pública e privada estão economizando com o trabalho remoto. A conta do pagamento de energia elétrica, da internet mais veloz, do computador moderno, do celular e das mobílias está entrando no orçamento dos trabalhadores. Para o empregador, o teletrabalho é ótimo. E os trabalhadores não recebem ajuda financeira. No Judiciário Federal, não é diferente. Para evitar a transmissão da covid-19, os tribunais adotaram o trabalho remoto, que mesmo retornando aos poucos as atividades presenciais, devem manter boa parte dos servidores no teletrabalho, como medida de economia.

O trabalho remoto entrou de forma imediata na vida dos servidores. No entanto, os problemas surgem, como a jornada de trabalho não computada, o expediente no final de semana, a mistura da vida profissional com a pessoal, que juntos levam o esgotamento mental.

O teletrabalho também exige um espaço na residência do servidor, além de materiais e equipamentos que não são ressarcidos. Tudo isso precisa ser avaliado e discutido. A coordenação do Sindjus-AL colocou em pauta o trabalho remoto na última assembleia geral da categoria em 24 de setembro. Poucos servidores participaram. Por isso que o debate precisa ser intensificado e abraçado por toda a categoria, começando com a participação dos servidores nas assembleias, convocadas pelo Sindicato.

Na ocasião, o coordenador Jurídico do Sindjus-AL, Paulo Falcão, ressaltou o momento difícil, vivenciado pela categoria, que está em casa, dividindo o tempo com o trabalho e serviços domésticos, cuidando dos filhos e de idosos.

As mulheres também são prejudicadas, pois tiveram sua jornada triplicada, já que os filhos também estão em casa, com a suspensão das aulas, tornando mais difíceis para elas.

É importante ressaltar que a casa é o local de descanso e convívio familiar de cada servidor.

19 de outubro de 2020

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