Dia luta e luto marca o Dia do Servidor Público

O Dia do Servidor Público, em 28 de outubro, foi marcado com atos públicos em todo o país em defesa dos serviços públicos, contra a reforma administrativa e contra a privatização. Em Alagoas, o Sindjus-AL realizou mobilização em frente ao Tribunal Regional Eleitoral.

O coordenador Geral do Sindjus-AL, Paulo Falcão, ressaltou o Dia do Servidor Público como um dia de luta e de luto. “De luto, em função das vítimas da covid-19 com quase 160 mil mortes no Brasil. E de luta por estarmos defendendo os serviços públicos e direitos dos servidores, combatendo a proposta nefasta da reforma administrativa”, disse.

Falcão destaca a mobilização contra a privatização das estatais e as terceirizações, englobando os interesses da sociedade e dos trabalhadores público e privado. “Em Alagoas, retomamos as mobilizações de rua. O ato ocorreu no TRE porque os servidores estão trabalhando por conta do ano eleitoral, buscando fazer o diálogo com os moradores e a sociedade, alertando o fim dos serviços públicos com a reforma”.

De acordo com o sindicalista, os trabalhadores dos setores público e privado se organizam para combater todos os ataques aos direitos da classe trabalhadora. “É pontapé na luta contra a reforma administrativa que visa a acabar com os serviços públicos, levando prejuízo à sociedade, que continuará pagando os seus impostos e não terá os serviços públicos de qualidade prestado”, acrescentando que o ato é um marco inicial da luta para combater a reforma administrativa, revelando que os grandes meios de comunicação não dão oportunidade o movimento sindical apresentar os danos do projeto.

“Nesse momento, estamos nas ruas para fazer o contraponto. Sabemos que esse governo tentará, até o final do ano, no apagar das luzes dos trabalhos no Congresso, passar o projeto sem nenhum debate com a sociedade, sem permitir que os servidores, que estão envolvidos na prestação dos serviços públicos, possam ter a oportunidade de fazer esse debate no Legislativo com os parlamentares. “Por isso é importante sair das redes sociais e mostrar nossa indignação com esse projeto que tem como objetivo acabar com os serviços públicos e a prestação pelos servidores à população de forma gratuita e de qualidade”.

O coordenador Jurídico do Sindjus informa que as entidades sindicais, como a Fenajufe, o Fonasefe, a CSP-Conlutas e sindicatos estão construindo um dia nacional de greve contra a reforma administrativa em novembro.

Vale ressaltar que a reforma administrativa retira a obrigação dos governos de oferecerem os serviços essenciais, como saúde e educação, para entregá-los à iniciativa privada, ampliar as privatizações, retirar direitos do funcionalismo público, aumentar a precarização do trabalho e dos serviços públicos, abrindo espaço para terceirização.

Com a PEC, o presidente da República terá autonomia para extinguir cargos e órgãos da administração. A reforma também acaba com a estabilidade dos servidores, favorecendo os desvios orçamentários, corrupção e as famosas ‘rachadinhas’.