27 de maio de 2020

Servidores públicos realizam dia de luta contra congelamento dos salários

Os servidores públicos realizam um dia de luta nesta quarta-feira (27) contra o congelamento de salário. O dia de mobilização é organizado pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Público Federais) que também repudia o governo Bolsonaro e seu projeto de acabar com os servidores públicos e serviços públicos.

A reunião ministerial, em 22 de abril, divulgada pelo STF,  escancara a face do governo Bolsonaro e dos seus ministros. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse: “Nós já botamos a granada no bolso do inimigo, dois anos sem reajuste de salários”, referindo-se aos servidores, com a aprovação do PLP 39/2020, de ajuda financeira aos Estados e Municípios pelo Congresso Nacional em troca do congelamento de salário.

O governo, juntamente com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), busca conduzir a tramitação da reforma Administrativa e Previdência, objetivando rever regras de transição.

No Congresso, já tramitam as PECs 186, 187 e 188 de 2019, que reduzem salário e retiram direitos. Na reforma administrativa, o governo pretende atacar o Regime Jurídico Único e a estabilidade dos servidores públicos.

O servidor público concursado, que tem consciência do seu papel no Estado, que luta pelos seus direitos e não se curva aos desmandos do governo, é alvo de  constantes ataque do governo Bolsonaro e seu ministro Guedes, que chamou as categorias do serviço público de parasita e saqueador.

Veja as principais falas da reunião:

Meio Ambiente:

Ricardo Salles:

“A oportunidade que nós temos, que a imprensa está nos dando um pouco de alívio nos outros temas, é passar as reformas infralegais de desregulamentação, simplificação, todas as reformas”
“Então pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de COVID e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De IPHAN, de ministério da Agricultura, de ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada”

“Não precisamos de congresso. Porque coisa que precisa de congresso também, nesse, nesse fuzuê que está aí, nós não vamos conseguir aprovar. Agora tem um monte de coisa que é só, parecer, caneta, parecer, caneta. Sem parecer também não tem caneta, porque dar uma canetada sem parecer é cana. Então, o … o … o … isso aí vale muito a pena. A gente tem um espaço enorme pra fazer.

Jair Bolsonaro:

“O IPHAN para qualquer obra do Brasil, como para a do Luciano Hang. Enquanto tá lá um cocô petrificado de índio, para a obra, pô! Para a obra”

Mas é a putaria o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha família. Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final!

“Eu quero todo mundo armado! Que povo armado jamais será escravizado. E que cada um faça, exerça o teu papel”.

“Sistemas de informações: o meu funciona. […] O meu particular funciona”.

Abraham Weintraub:

“Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca”.

” Eu não quero ser escravo nesse país. E acabar com essa porcaria que é Brasília”.
Paulo Guedes:

“O banco do Brasil não é tatu nem cobra. O Banco do Brasil não é tatu nem cobra. Porque ele não é privado, nem público. Então se for apertar o Rubem, coitado. Ele é super liberal, mas se apertar ele e falar: “bota o juro baixo”, ele: “não posso, senão a turma, os privados, meus minoritários, me apertam.”. Aí se falar assim: “bota o juro alto”, ele: “não posso, porque senão o governo me aperta.”. O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização”.

“Então tem que vender essa porra logo.”.

“Então nós sabemos e é nessa confusão toda, todo mundo tá achando que tão distraído, abraçaram a gente, enrolaram com a gente. Nós já botamos a granada no bolso do inimigo. Dois anos sem aumento de salário”.
Rubem Novaes:

“O Tribunal de Contas travando tudo, não é? Tribunal de Contas é, hoje em dia,  uma usina de terror. Quer dizer, se a gente faz alguma coisa tá arriscado a ir pra cadeia. Se não faz, é processado por inação, não é?

 

27 de maio de 2020

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