1 de janeiro de 2014

Servidores repudiam proposta do CNJ E STF





Os servidores do Judiciário Federal repudiaram, na última quarta-feira, a proposta da Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas do CNJ, que rebaixou a proposta aprovada, no dia 7 de outubro, pelos presidentes dos tribunais superiores.


 



Pela proposta, o valor da carreira estará limitado a 75% do subsídio de juiz substituto. O cargo efetivo somado à opção do CJ-3 não poderá ser superior ao subsídio do juiz substituto; e a remuneração do servidor, incluídas as vantagens pessoais, não ultrapassará o subsídio do magistrado ao qual estiver vinculado. A comissão também estuda, segundo os representantes dos tribunais, reduzir o número de FCs; aumentar as CJs em 20%; manter as quinze referências, mas diminuindo o percentual entre elas; ampliar o aumento do período para promoção de 12 para 18 meses; e reduzir a opção das CJs dos atuais 65% para 50%.


 


O servidor do TRE Wolfran Cerqueira disse que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, colocou à frente da negociação um general – presidente da Comissão, ministro Ives Gandra – “porque ele não tem coragem de assumir sozinho esse ataque aos servidores. Vamos nos unir para lutar por vencimentos juntos”


 


O coordenador da Conlutas e dirigente do Sindipetro/AL, Manoel de Assis, destacou que o governo Lula tem descaso com todos os trabalhadores. “Como acontece com os servidores do Judiciário, o governo não apresentou proposta aos trabalhadores da Petrobras, que acumulam perdas salariais de 40%. A empresa só apresentou 4,36%. Não está querendo recuperar os salários básicos, enquanto a empresa teve faturamento bilionário”.


 


Marcus Robson, coordenador Jurídico do Sindjus, reforçou a manifestação do sindicalista, destacando que “o petróleo é nosso assim como o Judiciário Federal. O nosso movimento só vai parar quando a gente obtiver nossas reivindicações”.


 


Lembrando das perseguições sofridas pela categoria em 2002, a servidora do TRE Dilma Peixoto destacou que agora vimos um cidadão que se reveste de uma super autoridade (presidente do STF) e, simplesmente, não quer negociar. “A história é feita, e a gente sempre quer ser o sujeito da história, mas para que sejamos o sujeito da história, a gente precisa escrevê-la com atitude, não queremos ser objeto dessa história”, refletiu.


 


Os servidores exigem o envio do anteprojeto de lei que foi aprovado pelos presidentes superiores. Os sindicalistas destacaram que, enquanto durar esse impasse, não haverá semana de reconciliação e de recadastramento das urnas biométricas.

1 de janeiro de 2014

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