1 de janeiro de 2014

Exercícios, postura e calçados confortáveis podem prevenir dores na coluna

É comum surgirem nas rodas de amigos brincadeiras em relação à idade. Uma das mais comuns é sobre a idade do “condor”, quando se ultrapassa a barreira dos 60 anos e o indivíduo passa a viver com dor. O detalhe é que as dores – nas juntas e articulações – não se restringem a essa faixa etária. Pelo contrário, podem afetar qualquer idade em maior ou menor grau.

Conforme explica o reumatologista Georges Christopoulos, as dores da “idade do condor” chama-se artrite, ou seja, a inflamação das articulações, cuja mais comum é a que afeta a coluna.

A artrite é o resultado do processo inflamatório das juntas, complexo de articulações que ligam um osso a outro e que permite o movimento de braços, pernas, mãos, coluna e pescoço. As juntas incluem ossos, cartilagens, ligamentos e a cápsula que envolve todo o conjunto. “Para se ter uma ideia, cada mão possui ao menos 20 articulações”, diz o especialista.

Quem possui doenças auto-imunes, como o lúpus ou a artrite reumatóide, sente na pele (ou melhor, nos ossos) as dores provocadas pela artrite. Mas eles não são os únicos: quem passou por algum tipo de trauma (um acidente doméstico, por exemplo), contraiu algum tipo de agente infeccioso ou sofreu desgaste nas juntas (devido a excessos desportivos ou má postura) também conhecem de perto o fardo que representa a artrite.

No amplo universo de artrites – a literatura médica soma mais de mil tipos diferentes – a mais comum é a artrite reumatóide que atinge a coluna. A maior parte desse tipo de artrite é provocada por infecções que podem ocorrer entre a base do crânio (pescoço) e o cóccix (imediação das nádegas).

A lista de fatores que põem a coluna em risco é extensa e incluem a má postura no sentar e andar; os excessos na prática desportiva; o uso de salto alto; o enfraquecimento das estruturas ósseas provocadas pelo tempo e pela descalcificação; o excesso de peso; o aumento na barriga (que afeta a postura); a sobrecarga provocada diariamente por bolsas escolares; o transporte de objetos pesados; a forma de pisar e até problemas como o pé chato. Tudo isso pode provocar inflamações ou o desgaste das juntas da coluna, resultando em dores intermináveis.

Outro alerta importante: “Se a dor na coluna vier acompanhada de febre; se for intensa; se não passar após a administração de analgésico; se o sintoma piorar ao acordar e se, além de tudo isso, houver perda de peso, recomendo que o paciente procure um médico de sua confiança porque tais sintomas podem sinalizar doenças autoimunes ou mesmo câncer”, orientou Christopoulos.

A prevenção para a artrite reumatóide na coluna passa por medidas simples, como a realização freqüente de exercícios físicos, a redução no peso, o uso de calçados confortáveis e a adoção de postura correta ao andar e sentar. O tratamento passa por medicamentos, fisioterapia e exercícios para correção de postura.

Ao finalizar, o reumatologista Georges Christopoulos fez ainda dois alertas: em casos de idosos com dor intensa, abrupta e persistente nas articulações e ossos e, principalmente, após deitar-se, pode sinalizar fratura ou microfratura. Por fim, deve-se evitar o uso de antiinflamatório sem receita médica. “No máximo, o paciente pode tomar um analgésico para minimizar a dor enquanto procura orientação médica”, concluiu.

Fonte: Ascom Santa Casa

1 de janeiro de 2014

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